Da Chemex à Smeg: 10 Décadas do Melhor Design para a sua Mesa e Cozinha

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O bom design é intemporal. Como as peças bonitas e funcionais tornam as nossas casas mais especiais, apresentamos alguns dos designs que revolucionaram a cozinha e a mesa durante o século XX, e que ainda hoje influenciam o nosso gosto.

1910

via Moma, Pinterest

POSTER

Vários

1910-1919

Com a revolução do processo litográfico nos finais do século XIX, a arte na forma de poster ganhou um papel relevante na sociedade. O poster era não só um meio de publicidade, mas também um meio de comunicação entre o estado e a população. Com o estalar da primeira Guerra Mundial, o esforço de guerra dependeu em muito da propaganda em poster para notificar o público de assuntos críticos, tais como a prevenção de desperdício alimentar. A década de 1910 viu os primeiros passos do modernismo, através do uso de figuras mais abstratas, formas geométricas e cores simples. 

1920

© Sotheby's

BULE MT49

Marianne Brandt, Bauhaus Dessau

c. 1927, Alemanha

Bauhaus. A escola de artes Alemã teve vida curta, mas deixou um profundo impacto no design e arquitectura mundiais. Marianne Brandt, uma das estudantes desta escola (mais tarde professora), desenhou um dos maiores contributos da Bauhaus para o design industrial do século XX. Este bule combina formas geométricas com prata polida e acabamentos em ébano, e de alguma forma mágica manteve-se como uma peça de design intemporal.

1930

© Zeroll

COLHER DE GELADO ZEROLL

Sherman Kelly, Zeroll

1935, EUA

Talvez esta peça seja a mais disseminada deste conjunto. Mas não admira, porque é brilhante. Tudo começou enquanto Sherman Kelly estava de férias na Flórida. Ao passar numa gelataria, observou o esforço dos funcionários enquanto serviam as bolas de gelado. Na sua cabeça começou a pulsar o pensamento de que tinha que haver uma maneira melhor de servir gelado. E pelos vistos havia mesmo. O seu design ergonómico tornou extremamente fácil fazer bolas de gelado. O truque? Dentro do corpo de alumínio existe um líquido que conduz o calor da pega (quando tocada pela mão) para a ponta da colher, permitindo que num movimento único se façam bolas de gelado perfeitas. Poderia ser feia e maljeitosa. Mas Kelly fê-la simples e elegante. Um objecto feito para durar, pelo menos enquanto houver gelados. Se não resiste ao apelo, peça já aqui a sua colher.

© 1st Dibs

CARRINHO DE CHÁ (MODEL 98)

Alvar Aalto, Oy Huonekalu-ja Rakennustyötehdas AB

1936-1937, Finlândia

Foi na década de 30 que pelas mãos do arquitecto finlandês Alvar Aalto nasceu este carinho de chá de desenho simples e linhas arredondadas em freixo e tampo em linóleo. Adaptável a qualquer espaço de casa, promete contribuir com uma elegância jovem em qualquer divisão.

1940

via designapplause.com

TORRADEIRA AUTOMÁTICA 'POP-UP' STREAMLINE

Donald Earl Dailey, Proctor-Silex

1947, EUA

O uso de formas curvas e linhas horizontais foi um dos principais motes do estilo Streamline Moderne, que surgiu a partir do período final do Art Deco. Encontrou o seu terreno mais fértil nas memoráveis carruagens de comboios e autocaravanas americanas da década de 40. Esta torradeira, criada em 1947 pelo designer americano Donald Earl Dailey, é um exemplo perfeito deste estilo numa versão compacta e caseira. Seria, talvez, a torradeira mais bonita que poderia oferecer a uma tosta.

© Chemex

CAFETEIRA CHEMEX

Peter J. Schlumbohm, Chemex

1941, EUA

Desconfiou que existe um químico por trás desta peça? Existe mesmo. Peter Schlumbohm apoiou-se nos seus conhecimentos de química para desenvolver esta cafeteira e os seus filtros únicos. Com um design inspirado nos materiais de vidro de laboratório e uma pega com acabamento em madeira e couro, fez da Chemex um dos designs mais celebrados do século XX. Não será surpreendente que o crescendo de amantes de café artesanal leve a Chemex a renovar a sua popularidade. O bom é que também não precisa de sair de casa para ter o seu próprio café Chemex, peça a sua cafeteira aqui.

1950

via Common Helsinki

DISPENSADOR DE MOLHO DE SOJA G-TYPE

Marahiro Mori, Hakusan Porcelain

1958, Japão

A popularidade da cozinha japonesa no ocidente presenteou-nos com peças de design industrial fabulosas. Uma das peças mais icónicas e já totalmente dispersa pela na nossa cultura alimentar é o dispensador de molho de soja G-type. Criado por Masahiro Mori em 1958 para a empresa de porcelanas Hakusan, o G-type tornou-se no artigo mais vendido desta empresa. É um exemplo perfeito de forma e funcionalidade, já que o seu formato foi cuidadosamente pensado para dosear o molho de soja na perfeição e evitar pingas. Obtenha aqui o seu dispensador de soja e honre a sua refeição Japonesa.

1960

© Karakter
© Karakter

COLECÇÃO DE COPOS SFERICO

Joe Colombo, Karakter

1963, Itália

Os anos 60 foram uma época democratizante para o design. Desde a presença de bom design em grandes obras publicas, a empresas que quiseram tornar o excelente design industrial mais acessível a todos os bolsos. Um desses casos foi a colecção de 10 copos da Sferico, desenhados pelo italiano Joe Colombo. Nesta colecção incluem-se peças para todos os estados líquidos: whiskey, água, cocktails, vinho, sumo e cerveja. As suas formas simples com representações geométricas inesperadas fizeram com que este serviço passasse o teste do tempo e continue a chamar a atenção. Experimente dispor este conjunto de copos aos seus convidados e espere para ver o confuso embaraço de quem tenta decifrar o devido destino de cada copo.

via design-is-fine.org

MINICOZINHA (MINIKITCHEN)

Joe Colombo, Boffi

1968, Itália

Era também a visão de Joe Colombo que o estilo de vida moderno iria implicar restrições de espaço nas habitações. O seu carácter visionário permitiu incorporar uma intemporalidade nas suas peças, quer em beleza, quer em função. Assim surge a minicozinha, comercializada pela Boffi, que incluía todas as funcionalidades de que se esperam de uma cozinha: balcão, fogão, frigorífico, despensa, tábuas, gavetas e tomadas. O ponto central deste conceito era reunir o essencial de uma cozinha num módulo compacto que fosse transportável para qualquer divisão. Cinquenta anos depois, este conceito faz mais sentido do que nunca.

1970

© Wesco

CAIXOTE DO LIXO PUSHBOY

Egbert Neuhaus, Wesco

1970-, EUA/Alemanha

Cerca de três décadas depois do nascimento do caixote de pedal dinamarquês Vipp, Egbert Neuhaus, um jovem estudante de intercâmbio alemão, sentiu-se inspirado durante um estágio nos EUA. Ao observar os caixotes de lixo industriais americanos, lembrou-se de um design que  acabou por desenvolver na sua terra natal: um caixote do lixo doméstico em cores pastel e com forma de comprimido, apetrechado de uma tampa balançante. O Pushboy, como veio a ser baptizado, rapidamente se revelou um sucesso, e é ainda hoje um bestseller. Agarre o seu Pushboy aqui. 

1980

© Alessi

BULE 9091

Richard Sapper, Alessi

1983, Alemanha

O assobio nervoso da chaleira quando ferve preenche o imaginário de todas as gerações. A ideia brilhante de Richard Sapper veio de uma memória de infância: as sirenes dos barcos que navegavam o Reno. Criou então um apito de latão que é aplicado no bico da chaleira, e que sibila uma melodia quando o vapor o atravessa. Esta ideia engenhosa, juntamente com o elegante design em aço espelhado, tornam esta peça um must dos anos 80. Pode comprar a sua chaleira melódica aqui.

1990

© Alessi

ESPREMEDOR JUICY SALIF

Philippe Starck, Alessi

1990, Itália

Os anos 90 trouxeram-nos um novo twist ao minimalismo. Talvez uma das peças de design industrial mais icónicas da época é um simples espremedor de citrinos. Eu disse simples? Talvez não tanto. O Juicy Salif foi desenhado para a Alessi pelo Philippe Starck, e rapidamente se tornou num bestseller—e num clássico. Este espremedor polido, elegante e alienígena teve uma concepção interessante. A inspiração surgiu quando Starck comia lulas num restaurante na costa Amalfina. Starck desenhou várias versões deste objecto cefalopodesco num guardanapo gorduroso, que mais tarde enviou à Alessi. O guardanapo encontra-se agora exposto no museu da Alessi.  Nunca mais esprema uma laranja da mesma maneira: pode comprá-lo aqui

© Smeg

FRIGORÍFICO SMEG ANNI 50

Smeg

1997, Itália

Verdade seja dita: este frigorífico não precisa de apresentação. Este electrodoméstico inconfundível concebido em 1997 é provavelmente a obra-prima da italiana Smeg. Inspirado na robustez e formas arredondadas dos frigoríficos dos anos 50, o Anni 50 debruça-se na nostalgia. Por outro lado, é a celebração do frigorífico como um objecto de desejo, muito mais do que uma máquina. O design do Anni 50 é complementado por um variado leque de cores pastel, bem como puxadores metalizados ao estilo Streamline. A popularidade deste design levou a que fosse também adaptado a outros electrodomésticos, tais como máquinas de lavar, torradeiras e batedeiras. Abra a porta do seu aqui.

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